- RJDPHDM CPSE-DE
- Série
- 12/01/1848
Parte de Capitania dos Portos de Sergipe
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DESCRIÇÃO
Num escudo boleado, encimado pela coroa naval e envolto por elipse de cabo de ouro e terminado em nó direito, em campo vermelho, âncora de ouro, disposta em contrabanda, com estrela de cinco pontas, de prata e filetada de preto, brocante.
EXPLICAÇÃO
No campo de vermelho, esmalte representativo da bravura, denodo e intrepidez, predicados dos Fuzileiros Navais do Brasil, a âncora e a estrela aludem ao antigo distintivo do Batalhão Naval que se distinguiu nas lutas externas do Segundo Reinado. A insígnia pendente do distintivo foi a este anexado em decorrência do Decreto do Presidente da República Federativa do Brasil de 23 de maio de 2018.
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Parte de Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha II (séc. XIX - Período Imperial)
Navio de madeira, de propulsão a vela, aparelhado em brigue escuna, ou em patacho, segundo outros, construído no correr de 1816, no Arsenal de Marinha de Belém do Pará, sob o risco do Engenheiro Valentim. Tinha as seguintes características: deslocamento, 135 toneladas; comprimento, 81 pés, e 6 polegadas, boca, 22.6; pontal, 10. Tomou o nome da Princesa Dona Maria Carolina Leopoldina de Áustria, casada com o herdeiro do trono, D.Pedro de Alcântara (1817). O navio foi artilhado com colubrinas de calibre 9 e 1/2 de calibre 12 e guarnecido com 70 homens. Aportou ao Rio em 1817, sob o comando do 1º Tenente Francisco Manoel Pombeiro. A 22 de dezembro desse ano, devia partir para o Rio da Prata, sob o comando do CT Diogo Jorge de Brito. Regressou logo, velejando novamente, a 11 de janeiro de 1818; estava de volta a 16; partiu para Montevidéu a 19. Comandou-o, de 18 de fevereiro a 22 de abril, o CT José Pereira Pinto. A 20 de novembro do mesmo ano, zarpou do Rio, sob o comando do 2º Tenente Sebastião José Batista; voltou, a 19 de março de 1819; velejou para Lisboa, a 5 de abril. A 1º de agosto desse ano, fez-se a vela de Lisboa, para o Rio, juntamente com a fragata Sucesso (mais tarde Niterói), comboiando 54 embarcações mercantes. Deu fundo na Guanabara a 8 de outubro, com o mesmo comandante. A 1º de maio de 1820 suspendem com destino a Lisboa, sob o comando do 2º Tenente Sebastião J. Batista; regressou a 11 de setembro; zarpou a 23 de outubro. A 3 de maio de 1821, partiu para Pernambuco, sob o mesmo comando. A 17 de setembro regressou. Tornou a sair voltando ao Rio a 11 de outubro. Zarpou novamente. A 16 de janeiro de 1822 partiu de Lisboa, com tropa, na mesma ocasião da divisão de Francisco Maximiliano. Tendo tocado em Pernambuco e Bahia, aportou à Guanabara no dia 2 de março como mesmo comandante. A 2 de fevereiro de 1822 passou a comandá-la o 1º Tenente Francisco Bibiano de Castro. A 25 de outubro nela embarcou o 2º Tenente Rodrigo Teodoro de Freitas. A 12 de dezembro zarpou do Rio. A 22 do dito mês desembarcou Rodrigo Teodoro de Freitas. A 13 de janeiro de 1823, nela embarcou o 2º Tenente Francisco da Silva Lobão; a 27 de março assumiu seu comando o Capitão Tenente José Pereira Pinto; a 29 do dito mês passou a comandá-la interinamente o 2º Tenente Lobão, que deixou o cargo a 3 de abril. Em maio vai ao Morrro de São Paulo, levar munições à esquadra de Lord Cochrane e comboiando as Escunas Luísa e Catarina. Seu mastro grande foi retirado e aproveitado para mastaréu da Fragata Real Carolina (depois Paraguaçu), e substituído pelo da Escuna Catarina que, com a outra, ia ser transformada em brulote. A 27 de maio estava a comandá-la o 1º Tenente Bibiano de Castro. A 3 de julho encontrava-se a cruzar nas costas da Bahia. Ancorou no Rio a 17 de julho, entrando em reparos. A 13 de agosto Bibiano de Castro deixou o comando. Zarpou para Montevidéu, a 18 do dito mês, para bloquear aquele porto, fazendo parte da esquadrilha do Chefe Pedro A. Nunes. A 8 de outubro foi efetivado no seu comando o 2º Tenente F. Da Silva Lobão. No dia 21 de outubro entrou em combate contra a esquadrilha portuguesa que tentava o bloqueio do porto. Teve um rombo a bombordo por baixo da mesa do traquete, atravessando o costado, indo a bala alojar-se na couceira; recebeu outro projétil, à ré das mesas grandes do mesmo bordo. A 19 de novembro, de volta ao Rio, sai a cruzar. A 26 de dezembro aportou a Montevidéu e a 29 deixou o seu comando o Capitão Tenente J. Inácio Maia. A 20 de fevereiro de 1824 desembarca o 2º Tenente Silva Beltrão. A 8 de março escola os transportes com as tropas portuguesas que evacuavam a praça de Montevidéu. Devia voltar ao Rio, montado que fosse o cabo de Santo Agostinho. Em abril estava de regresso ao Rio, deixando o seu comando o 1º Tenente Silva Lobão, no dia 22. A 24 de abril assumiu seu comando o 1º Tenente Rodrigo Teodoro de Freitas; a 25 partiu para Pernambuco, em julho entrou em reparos. A 28 de agosto, abriu fogo contra as posições dos rebeldes da Confederação do Equador, que guarneciam vários pontos de Recife. A 13 de dezembro fundeava no Rio. A 26 de junho de 1825, sob o mesmo comando, fez-se de vela; velejou novamente a 29. A 8 de novembro rumou para o Maranhão, onde se encontrava em julho de 1828. A 1º de setembro de 1829 desembarcou, por desarmamento, o Capitão Tenente Teodoro de Freitas, tendo retornado ao Norte no dia 30 de agosto. Entrou em reparos gerais. Zarpou a 16 de outubro e regressou a 21 de dezembro. Fez-se de vela a 4 de fevereiro de 1830; entrou a 31 de março; partiu a 14 de abril, regressou a 30 de junho; saiu a 21 de julho; estava de volta a 17 de setembro. Recebeu alguns reparos e fez-se ao mar a 12 de outubro, para voltar a 24 de novembro e suspender, de novo, a 25 de dezembro. A 24 de fevereiro de 1831 dava fundo no Porto do Rio. A 12 de março, tendo recebido vários reparos, arpou; voltou a 4 de maio e a 19 retornou a velejar. A 7 de julho entrava, para sair a 31. De volta a 12 de outubro, suspendeu a 27, para retornar a 18 de dezembro. Nela embarcou em 1832 o 2º Tenente Manuel Maria de Bulhões Ribeiro. Suspendeu a 19 de fevereiro de 1832; regressou a 10 de março, fazendo o serviço de correio; zarpou a 10 de abril, para voltar a 6 de junho; velejou a 19 e entrou a 16 de agosto em Santa Catarina, trazendo 11 dias de viagem. Fez-se de vela a 25 de setembro e retornou a 10 de dezembro. Em janeiro de 1833 entrou em Reparos. A 7 de fevereiro desse ano fez-se ao mar, para regressar a 15 de maio. Por aviso de 18 desse mês foi nomeado seu comandante o 1º Tenente João Maria Wandekolk. Zarpou a 12 de junho; regressou a 17 de agosto; partiu a 23 de setembro, para o Norte. Em dezembro sofreu reparos. A 16 de janeiro de 1834 dava fundo no Rio de Janeiro; fez reparos em fevereiro; zarpou a 16 de março; estava de volta a 21 de abril para velejar a 10 de maio para o Norte; a 21 de julho desembarcou o comandante J.M. Wandenkolk, assumindo o cargo o 1º Tenente José Ferreira Guimarães. Voltou a 25 outubro; suspendeu a âncora a 20 de novembro. Entrou a 19 de fevereiro de 1835. Em junho entrou em consertos. Assumiu seu comando o 2º Tenente F. Cândido de Castro Menezes, a 19 de maio. Em julho seguiu para o Norte, levando o Comandante Bartolomeu Hayden; de volta, velejou novamente para o Norte indo nele como passageiro o 1º Tenente V. Santiago Subrá. Em outubro chegou à Bahia com o Capitão Tenente Antonio Pedro de Carvalho (o Tabacão). Zarpou a 27 desse mês e retornou a 30. Zarpou de volta a 31 de dezembro, sob o comando do Tenente Castro Menezes. Servia de paquete na linha de centro. Fez-se ao mar em fevereiro de 1836 para o norte; regressou a 12 de maio. Partiu a 21 do dito sob o comando do 1º Tenente Sabino Antonio da Silva Pacheco; regressou a 25. Assumiu seu comando o Capitão Tenente Guilherme Parker, zarpando com insígnia do Chefe J. P. Grenfell, nomeado Comandante Chefe das Forças Navais em operações de guerra contra os republicanos separatistas do Rio Grande do Sul; a 5 junho, nele teve embarque o Tenente Capitão Carlos Lassance Cunha. A 22 de agosto suspendeu de Porto Alegre, ás 6 horas da manhã para auxiliar o ataque ao forte do Itapuã, o que realizou vitoriosamente no dia 23. A 28, sob o comando do Tenente Laureano, vigiava o referido forte. Em setembro nele teve embarque o 2º Tenente Fernando Passolo. Comandou-o, de 2 de dezembro desse ano até 22 de abril de 1837, o 2º Tenente Antonio Caetano Ferraz. Em 23 de setembro desse ano, zarpou de Porto Alegre para o Jacuí, e a 1º de outubro bateu-se contra os rebeldes ocupantes da Vila de Triunfo. Regressou a 3. Partiu para a Charqueadas, no dia 4. Passou mais tarde, a cruzar entre porto Alegre e Itapuã. Em abril de 1838 estava fundeado em frente da Vila de Triunfo, auxiliando o salvamento de uma canhoeira. Em abril de 1839, estava no Rio Grande. A 17 de agosto, Parker deixou o seu comando, sendo substituído pelo 1º Tenente João Morais Madureira. Em 1840, encontrava-se em Porto Alegre. A 17 de abril de 1841, o Capitão Tenente João Custódio d' Houdain assumiu seu comando. regressou no Rio de Janeiro a 31 de agosto desse ano, sob o comando do Capitão Tenente João Manuel da Costa. Foi-lhe passada mostra de desarmamento a 23 de dezembro de 1842, recebendo a guarnição do Brigue barca Pirajá e assumindo seu comando o Capitão Tenente João Custódio d' Houdain. Zarpou a 21 de janeiro de 1843 para Pernambuco. Sua equipagem era de 62 de homens em maio. Esteve no Rio Grande do norte. A 18 de outubro assumiu o seu comando o Capitão Tenente A. J. Francisco da Paixão, que foi substituído em dezembro, pelo Capitão Tenente João Nepomuceno de Menezes. Retornou ao Rio a 22 de dezembro de 1844. Zarpou para a Bahia de 16 de janeiro de 1845; voltou a 5 de maio, saiu a 12 para o mesmo porto, sob o comando do 1º Tenente Cândido José Ferreira. Foi ligado à Estação Naval do Norte. A 5 de fevereiro de 1849 foi nomeado seu comandante o Capitão Tenente José Maria Galhardo, que tomou posse no dia 9; foi exonerado a 21 de junho. Estava, em 1851, no Pará. Foi alugado pelo comandante da Estação sem ordem ministerial, pelo que o referido Chefe foi repreendido (Oliveira de Figueiredo). Por Aviso de agosto de 1854, deixou o seu comando, por desarmamento, o 1º Tenente General Carlos de Lassance Cunha.
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Parte de Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha II (séc. XIX - Período Imperial)
A Barca a Vapor Amélia, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a Dona Amélia de Leuchtenberg, segunda Imperatriz do Brasil. Foi armada em 29 de setembro de 1840. Foi seu primeiro comandante Capitão-Tenente João Nepomuceno Meneses.
Em 1856 fazia parte do serviço de correio entre Porto Alegre e Rio Grande.
Dá regulamento para o serviço de extinção de incêndios
(...) " Artigo 2º Em quanto não for definitivamente criado um corpo de bombeiros com organização conveniente, será o trabalho executado por operários dos Arsenais de Guerra e Marinha, das Obras Publicas e da Casa de correção" (...). O Decreto nº 2.587 de 30 de abril de 1860 tornava definitivo o então Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, passando sua subordinação à jurisdição do Ministério da Agricultura criado nesta mesma data.
NABUCO, José Thomaz.
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Parte de Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha II (séc. XIX - Período Imperial)
BERTIOGA II
A Corveta BERTIOGA, era uma antiga galera portuguesa de nome ARISTIDES, que foi comprada a João Batista Moreira por 56 000R$000 (cinquenta e seis mil réis), em outubro de 1827.
Foi incorporada à Esquadra Imperial em 27 de novembro de 1827 e Mostra de Armamento passada em 29 de novembro de 1827.
O primeiro navio a ostentar o nome BERTIOGA, foi uma Escuna à vela, armada com 8 canhões, que operou no Rio da Prata na década de vinte do século XIX e acabou aprisionada pelos argentinos no combate do Juncal, em 9 de fevereiro de 1827. Seu nome recorda um canal que separa a Ilha de Santo Amaro do continente, no Estado de São Paulo.
Possuía as seguintes características principais: 140 pés de comprimento; 29 pés de boca; 18 pés de pontal; e 15 pés de calado.
Seu armamento era constituído por 2 colubrinas de calibre 18 e 18 coronadas de calibre 32.
Durante os 29 anos de vida no serviço ativo da Marinha do Brasil, a Corveta BERTIOGA efetuou inúmeras comissões de policiamento da costa do Brasil contra corsários e navios negreiros, participando efetivamente do combate que resultou no aprisionamento do corsário argentino GOBERNADOR DORREGO, em 24 de agosto de 1828, ficando assim, vingada a sorte de nossa primeira Escuna à vela BERTIOGA, que havia sido aprisionada pelos argentinos..
Era seu Comandante, neste combate, o Capitão-Tenente Ford Morgel.
Efetuou, em várias ocasiões, comissões ao Rio da Prata, inclusive tendo a bordo o então Capitão-de-Fragata Joaquim Marques de Lisboa, futuro Almirante e Marquês de Tamandaré, que teve a sua insígnia de Comandante da Divisão Naval do Rio da Prata, içada em seu mastro, em 1840.
A Corveta BERTIOGA foi totalmente reparada e reaparelhada duas vezes, estando em situação de desarmada de 22 de janeiro de 1835 a 22 de julho de 1838 e de 22 de setembro de 1842 a 22 de setembro de 1843, sendo finalmente desarmada para baixa em 21 de dezembro de 1854, sofrendo grandes obras e adaptações para servir como Quartel Flutuante da Companhia de Aprendizes Marinheiros da Bahia e dos navios em fabricação no Estaleiro das Náus de Salvador.
Deu baixa do serviço ativo da Marinha do Brasil por meio de Aviso Ministerial, em 19 de janeiro de 1857, sendo totalmente desmanchada em 1860 no antigo Estaleiro das Naus, na cidade do Salvador, na Bahia.
Durante a sua permanência no serviço ativo da Armada, destacam-se as seguintes comissões e ações:
• Em 24 de agosto de 1828, participou de combate no Rio da Prata com o apresamento do corsário argentino GOBERNADOR DORREGO;
• Entre 1830 e 1834, realizou comissões de policiamento da costa brasileira, entre Pernambuco e Pará, contra corsários e repressão ao tráfico de escravos;
• Entre 22 de julho de 1836 e 16 de janeiro de 1839, estacionou no Rio da Prata;
• De 26 de maio a 21 de julho de 1846, realizou comissão à Ilha de Santa Helena, onde reclamou contra o aprisionamento de 114 navios brasileiros, trazendo muitos marinheiros ali retidos;
• Foi o capitânea da Divisão Naval que acompanhou o Imperador D. Pedro II à Macaé;
• 30 de dezembro de 1847 a 18 de março de 1848, realizou comissão de instrução ao Cabo da Boa Esperança , Ilha de Ascensão e Ilha de Santa Helena;
• Em 1851, participou, juntamente com o Brigue-Escuna ANDORINHA, da ação que obrigou o encalhe de patacho negreiro na Restinga da Marambaia, com a libertação de 368 escravos africanos, que seriam colocados à venda;
• Fez parte da Esquadra que, sob o Comando de Grenfell, bloqueou o porto de Montevidéu, de março a outubro de 1852; e
• Em 17 de outubro de 1852, partiu para a Bahia, comandada pelo Capitão-de- Mar-e-Guerra João Maria Wandenkolk.
Comandaram-no os seguintes Oficiais, entre outros :
CAPITÃES-TENENTES
• George Broom (primeiro Comandante): 27/nov/1827 a 05/set/1828
• Ford Morgel: 05/set/1828 a 28/nov/1829
PRIMEIRO - TENENTE
• Bernardino de Sena Araújo: 18/fev/1835 a 22/jul/1838
CAPITÃES - TENENTES
• Antônio Felix Corrêa de Mello - 22/jul/1838 a 21/jun/1839
• José Maria Ferreira - 21/jun/1839 a
• Manoel Maria de Bulhões - 1844
• José Joaquim de Oliveira (Interino) -1850
• João Nepomuceno Batista - 1851
PRIMEIRO - TENENTE
• José Antônio de Siqueira - 9/ago/1851 a 22/jan/1852
CAPITÃO-DE-E-MAR-GUERRA
• João Maria Wandenkolk - 1852
CAPITÃO-TENENTE
• João Gomes de Aguiar - 09/set/1853 a 29/set/1853
CAPITÃO-DE-FRAGATA
• Carlos Lassance da Cunha (último Comandante) - 16/dez/1859 a 1860
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