Área de identificação
Tipo de entidade
Entidade coletiva
Forma autorizada do nome
Cruzador Benjamin Constant
Forma(s) paralela(s) de nome
- CBECONSTANT
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
- CBCONS
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
Área de descrição
Datas de existência
1892 - 1926
Histórico
O Navio-Escola BENJAMIN CONSTANT teve sua quilha batida a 18 de novembro de 1891; foi lançado ao mar, dos estaleiros de La Seyne, em Toulon, em 11 de outubro de 1892. Antes de ser entregue, serviu de alojamento provisório à guarnição do ALMIRANTE BARROSO, naufragado no Mar Vermelho, quando se recolhia ao Brasil.
Construído de aço com duplo fundo de madeira, forrado com chapas de cobre, tinha as seguintes características: Comprimento 74 m; boca, 13, 90; pontal, 8, 30; calado AR, 6 m; AV, 5 m; médio, 5, 50 m. Deslocava 2.750 t. Máquina de tríplice expansão, da força de 2.800 c.v. indicados, movimentando um hélice que lhe imprimia a velocidade de 15 milhas com tiragem forçada. Além dessa máquina motora; tinha as seguintes auxiliares: 1 servo-motor para o leme, um motor para manobra das âncoras, dois para elevar cinzas, um guincho a vapor para içar escaleres e dois dínamos para a iluminação elétrica. Comportavam as carvoeiras 260 toneladas de combustíveis. Os paióis e tanques admitiam munição de boca para 380 praças durante 70 dias e água potável para 40 dias. Dois destiladores perroy podiam destilar 2 mil litros de água do mar em 24 horas. O esgotamento do porão era feito por meio de duas poderosas bombas Thirion, capazes de esgotar 400 toneladas de água por hora. O convés estava protegido com chapas de aço de 30 mm de espessura na parte plana, e de 50 mm nas partes curvas. O casco do navio era dividido em grande número de compartimentos estanques, quer abaixo quer acima do convés protetor; tinha igualmente lastro de água. A torre do comando era revestida de uma couraça de 80 mm de espessura e continha todos os aparelhos elétricos, telegráficos etc, destinados à transmissão de ordens e à navegação. Era armado a galera com gáveas militares, desfraldando 1.800 m2 de superfície vélica. Eram excelentes as qualidades náuticas do navio, quer a vela quer a vapor; seu governo podia ser a vapor ou a mão. Dispunha de boas acomodações. Debaixo do tombadilho encontrava-se a câmara do comandante, construída de bordo e nogueira, dividida em um salão de recepção, grande sala de jantar, dormitório e um camarim com lavabo, banheiro e privada. Tinha ainda o camarote para o 2o comandante ou imediato, o camarim de navegação onde estava a biblioteca e um camarote para o encarregado da navegação. Debaixo do castelo de proa ficava o alojamento dos oficiais inferiores e marinheiros, composto de camarotes, uma praça d’armas e um camarim com banheiro e latrina. A coberta tinha os seguintes alojamento: uma praça d’armas e camarotes para quatro oficiais e um camarim com privada. Logo à vante um salão e alojamento com 22 camas e um gabinete com lavabo e 14 bacias para os guardas-marinha e, mais à vante, um salão e camarotes para os instrutores. O primeiro salão referido servia também de refeitório e se transformava com facilidade em salão de estudos, pois se achava convenientemente preparado para esse fim. Seguia, para vante, o alojamento de maquinistas, os respectivos camarotes, banheiro, privada, etc. Depois vinha o alojamento da maruja, ou coberta propriamente dita, bem iluminada e arejada. Em seguida uma excelente enfermaria com 12 leitos, com dois catres para determinados casos. Dispunha o navio, para o serviço externo, de uma lancha a vapor, seis escaleres e uma baleeira salva vidas.
Sua artilharia constava de quatro Armstrong de 15 cm colocados em barbetas, dois de cada lado, abrangendo grande setor; de oito canhões do mesmo sistema, colocados em baterias, quatro por bordo; de dois canhões Nordenfelt de 57 mm colocados à proa; de seis metralhadoras de 25 mm, duas a ré, duas à vante e uma em cada gávea; de quatro outras, de calibre 17 duas nas gáveas e duas para desembarque e, finalmente, de quatro tubos lança-torpedos, tipo Whitehead, um na proa, um na popa e um em cada bordo. Dispunha ainda de forte aríete para ataque.
Sua primeira experiência de máquinas teve lugar a 16 de maio de 1893, desenvolvendo o navio, com tiragem forçada, de 14 a 15 milhas durante oito corridas, consumindo 47 quilos de carvão por milha percorrida em cada hora, quando pelo contrato o consumo do carvão deveria ser 65 quilos por milha, para a marcha de 10 milhas, sem tiragem forçada. Seu raio de ação, com a marcha horária de 10 milhas, seria de 6 mil milhas em 26 dias. Este navio sofreu durante sua longa existência várias modificações internas, recebendo vários melhoramentos indispensáveis e de acordo com o progresso naval. Era apelidado pela marinhagem “Garça-branca”, e “Beijoca”... Custou 4.005 libras ou 1.421:775$009 réis.
Em conseqüência da revolução da Armada, 1893-18945, sua construção foi demorada e, depois de entregue (foi recebido a 10 de maio de 1894) ao Governo brasileiro, recebeu uma guarnição heterogênea em que figuraram até alguns alunos da Escola Militar (entre estes um filho do Marechal Floriano) e soldados do Exército.
Assumiu o seu comando o Capitão-de-Fragata Antônio Alves Câmara. Partiu de Toulon a 18 de julho de 1894 e chegou ao Rio a 4 de setembro do mesmo ano, tendo feito escala em Marselha, Gibraltar, Tânger, Tenerife, Recife, Maceió, Salvador.
Em 1895 fez um cruzeiro, entre 18 de fevereiro e 13 de março, escalando na Bahia. Sob o comando do Capitão-de-Fragata Souza Lôbo perlustrou nossas águas territoriais entre 11 de janeiro a 5 de março de 1896. No mesmo ano, entre 16 de maio e 28 de outubro, sob o comando do provecto manobrista Capitão-de-Fragata J. J. Torres Sobrinho, realizou cruzeiros na costa, indo até o Pará; no ano seguinte, rumou para Ilha da Trindade, a fim de nela colocar um marco assegurador da nossa posse, que a sorrateira ganância inglesa pretendera disputar. Sob o comando do distinto Capitão-de-Fragata Duarte H. Bacelar Pinto Guedes, entre 5 de julho a 28 e outubro de 1898, viajou pela costa, escalando na Trindade, Fernando de Noronha e Belém. Nesses cruzeiros sofreu sua guarnição grandes baixas, atacada pelo beri-beri. De volta, a 29 de outubro, sua oficialidade entregou ao Club Naval uma cesta de flores enviadas pelas senhoras paraenses. Foi ainda comandada pelos Capitães-de-Fragatas R. M. Braga de Mendonça; e Ribeiro Belfort. Em 1901, comandado pelo Capitão-de-Fragata J. Martins de Toledo e da Europa. Não foi ela de todo feliz, pois seu comandante enloqueceu e o navio retornou sob o comando do imediato. Realizou nova viagem aos mesmos mares, em 1903, sob a direção do Capitão-de-Mar-e-Guerra Alencastro Graça. A seu bordo, no porto de Nova Iorque, foi morto, acidentalmente o Guarda-Marinha José Paulo Ferreira. No ano seguinte, 1904, assumiu seu comando o Capitão-de-Fragata Batista das Neves, que perlustrou vários portos do estrangeiro. Foi substituído pelo Capitão-de-Fragata Eduardo Ernesto Midosi que, em 1905, realizou uma viagem aos Estados Unidos e Europa. Não foi também feliz essa comissão, pois houve um incêndio a bordo e seu comandante perdeu a razão. Seu substituto, o Capitão-de-Fragata Pereira Lima realizou, em 1906, uma viagem ao Báltico. A 22 de janeiro de 1908, sob o comando do Capitão-de-Fragata Antônio Coutinho Gomes Pereira, partiu em viagem de circunavegação ao globo, com o seguinte itinerário: Montevidéu, Punta Arenas, Talcahuano, Valparaíso, Callao, Honolulu, Yokoama, Nagasaki, Sasebo, Shanghai, Singapura, Colombo, Aden, Suez, Ismaília, Alexandria, Nápoles, Spezia, Toulon, Gibraltar, Recife. Na ilha de Wake, no Pacífico, salvou um grupo de náufragos japoneses. Retornou ao Rio a 16 de dezembro de 1908. Para nova viagem se aparelhou o Benjamim Constant, em 1909, sob o comando do Capitão-de-Fragata Silvinato de Moura. O Estado-Maior do navio constava dos seguintes Oficiais: Capitão-de-Corveta Francisco de Barros Barreto; Capitães-Tenentes Augusto César Burlamaqui, Hugo de Roure Mariz, José G. do O’ e Almeida, Agerico Ferreira de Souza, Luiz Clemente Pinto, Dario Pais Leme de Castro, Américo Vieira de Melo; Primeiros-Tenentes Francisco Spiridião de Andrade Junior, Antônio Bardy, João Cândido Brasil Filho; Lucas Alexandre Boiteux, Leopoldo de Gomensoro, José Lindemberg Pôrto Rocha, Oscar de Amoedo Telles, José Maria Neiva, Oswaldo de Murat Quintela, Aristóteles de Castro, Augusto Babo, Josué Gomes Pimentel, Luiz Lacé Brandão, Jayme de Oliveira, Pedro de Argolo Mendes; Segundo-Tenentes Pedro Xavier de Pois, Augusto de Azevedo Marques, Feliciano Pinheiro Bitencourt, Aristóteles Calaça e Olímpio Ramos; Cirurgiões: Capitão-Tenente Raymundo F. Castanhedo e Primeiro-Tenente Francisco de Barros Pimentel; Farmacêutico, Segundo-Tenente Ildefonso de Moura e Silva; Comissários: Capitães-Tenentes Alberto Greenhalgh Barreto (que depois desembarcou) e Felisberto Domingues Lopes Junior e Sub-comissário Ernesto Ferreira Barroso; Maquinistas: Capitão-Tenente Quíncio Coelho Pires, Primeiros-Tenentes Arthur Leopoldino Arantes, Brasiliano E. de Amorim, Segundos-Tenentes Dionísio Gonçalves Martins, Alfredo Manuel Pinto e José Correia de Melo; Sub-maquinistas Paulo Alves de Andrade, Francisco José de Pinho, Agnelo José dos Santos, Jacinto Alves Carneiro, Jacinto Lopes de Souza e dois outros que desembarcaram, Virgílio O. Muniz e Pascoal A. Rosi; Contramestres João Gonçalves da Mata e Julião José do Espírito Santo; Guimarães José Romualdo, João Carlos Halland, Pedro Damião de Brito e Gregório dos Santos; Armeiro, Antônio Bernardo de Oliveira; Carpinteiro, Leandro Ezequiel de Oliveira; Serralheiro, Antônio Tavares; Enfermeiros: Bernardino de Assunção C. da Silva e José Cayres Pinto; Fiel, Antônio Fernandes de Moura; Escrevente Manuel Marques Filho. A marinhagem constava de dois primeiros-sargentos, dezessete cabos, quarenta primeiras-classes; setenta e oito segundas-classes e cento e sete grumetes, foguistas marinheiros: dois segundos-sargentos, três cabos, nove primeiras-classes, seis segundas-classes e sete terceiras-classes; foguistas extranumerários: quatorze cabos, doze primeiras-classes, doze segundas-classes e nove terceiras-classes. A Banda de Música constava de um sargento, dois cabnos, quatro primeiras-classes, 16 segundas-classes e dois grumetes; a taifá contava três dispenseiros, quatro cozinheiros e 24 criados. A fim de fazerem a viagem de instrução embarcaram os Segundos-Tenentes: João Duarte, Gilberto Huet Bacelar, Mario Perry, Silvio Weguelin de Abreu, Oscar Barbosa Lima, Ildefonso Gouveia de Castilho, José Frazão Milanez, Humberto de Arêa Leão, Otávio Figueiredo de Medeiros, Roberto de Morais Viega, Francisco Pedro Rodrigues da Silva, Joaquim Terra da Costa, Napoleão A. Muniz Freire, Oscar Eduardo Martins, Raul F. de Viana Bandeira, Edgar de Melo, Agnelo Figueiredo Aranha, Jerónimo Francisco Gonçalves Junior, Ramon Rubertie de Lima Stilicón Muniz Freire, Luis de Azevedo Mesquita, Raul Santiago Dantas, Cristiano de Garcia Barroso, Hugo Orosco, Mário Mendes Borges, Paulo Leclerc Júnior, Álvaro A. Tomaz Gonçalves. A 13 de março de 1909, depois de prestar honras ao Presidente da República, que subiu para Petrópolis, suspendeu o navio e, às 15,05 h, transpunha a barra. Para ponto de partida marcou-se a ilha Redonda. O tempo era duvidoso, mar chão e vento fresco de SSE. Largaram-se os latinos e bujarrona, fazendo o navio proa aos 43o sudoeste. De 18 para 19 o tempo tornou-se tempestuoso, caindo o pampeiro com fortes relâmpagos e trovões. A 21 fundeou-se em Montevidéu. Suspendeu a 28, a caminho de Florianópolis, com mau tempo, aguaceiros, trombas de água, trovoadas; largou âncoras a 12; suspendeu-a 18 e chegou ao Rio a 21. Partiu-se para São Francisco, a 3. O navio sofreu um curto encalhe na Lage Grande. Zarpou para Santos a 10, onde com bom tempo fundeou na baía do Norte, a 1o de abril. O imediato do navio foi substituído pelo Capitão-de-Corveta J. Isaias de Noronha. Desembarcou o Segundo-Tenente Azevedo Marques. Com a morte do Presidente da República, Dr. Afonso Pena, a viagem foi interrompida, havendo alguma mudança no pessoal. A 3 de julho, após a visita do Vice-Presidente da República, suspendeu o navio em demanda de Pernambuco, onde deu fundo a 15. A 22 zarpou para os Açores; a 25, a Ilha de Fernando de Noronha à vista; a 28, passagem da linha, realizando a tradicional festança. Aportou-se a Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, a 15 de agosto, tendo na travessia encontrado seis paquetes e quatro veleiros. Partiu a 23 e aportou a Plymouth a 28; suspendeu a 5 de setembro e fundeou em Greennock a 7; levantou ferro a 11 e, tendo perlongado o norte da Escócia, deu fundo em Newcastle-on-Tyne a 14, tendo desembarcado a artilhariam oficiais e praças. Suspendeu para Lisboa a 39 de outubro e chegou a 4 de novembro, tendo escalado em Weymouth; zarpou a 11 e aportou a Toulon a 15 do dito mês, onde foi entregue aos estaleiros de La Seyne para ser remodelado. Voltando à atividade, passou a ser comandado pelo Capitão-de-Corveta Felinto Perry que, em 1910, realizou uma viagem ao México, a fim de participar dos festejos da Independência (1o centenário) da república irmã. Em 11 de outubro do mesmo ano foi substituído pelo Capitão-de-Corveta Henrique Boiteux. No mês seguinte rebentou no porto do Rio de Janeiro a negregada revolta chefiada por repulsivo e boçal marinheiro, que fora, na viagem de 1909, gajeiro grande do BENJAMIN. Seu comandante, auxiliado por dedicados oficiais, conseguiu manter a equipagem afastada do movimento subversivo, sendo por isso elogiado por Aviso no 1.059, de 6 de março de 1911. Em dezembro, assumiu o comando do navio o Capitão-de-Fragata Rodolfo Ramos Fontes que, de 8 de fevereiro a 26 de março de 1911, realizou vários cruzeiros, com escala pela Ilha Grande, Bahia, Pernambuco, Angra dos Reis, Santos. Teve como substituto o Capitão-de-Fragata J. Mourão dos Santos que, depois de um cruzeiro até Santa Catarina, velejou para os mares europeus, em 1912, escalando, entre outros portos, em Lisboa e Toulon. Passou a comandá-lo o Capitão-de-Fragata Francisco de Barros Barreto, a 11 de fevereiro de 1913, e, logo no dia 20, suspendeu com o navio para uma viagem cujo itinerário foi o seguinte: Recife, Bahia, Rio, onde fundeou a 15 de março; prosseguiu na viagem, a 15 de maio, visitando Recife, Rocas, Belém, Barbados, Cuba, Nova Iorque, Plymouth, Amsterdan, Cherburgo, Brest, Ferrol, Lisboa, Las Palmas, Recife, largando âncoras na Guanabara a 12 de novembro. Foi seu substituto o Capitão-de-Fragata Machado Dutra, que realizou vários cruzeiros, indo até Santa Catarina entre janeiro e fevereiro de 1914. Comandaram-no, em seguida, os Capitães-de-Mar-e-Guerra Afonso de Fonseca Rodrigues e Alfredo Cordovil Petit e o Capitão-de-Fragata Antônio Júlio de Oliveira Sampaio que o levou a Perlustrar, entre julho e outubro de 1914, os portos de Montevidéu. Buenos Aires, Recife, Belém, Fernando de Noronha. Comandado, em seguida, pelo Capitão-de-Fragata Aristides Mascarenhas, realizou longos e difíceis cruzeiros na costa, visitando vários de seus portos, em 1915. Passou a comandá-lo o Capitão-de-Fragata Conrado Heck, que foi rendido no comando pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Augusto Heleno Pereira, a 22 de fevereiro de 1917. Com uma turma de guardas-marinha suspendeu a 18 de julho, velejando para a Ilha da Trindade, então ocupada por um destacamento de Marinha: velejou a 29 para a Ilha de Fernando de Noronha, onde desembarcou um destacamento naval; chegou a Salinas, fundeando em Belém, a 12 de setembro. Suspendeu a 3 de outubro, tocando em São Luiz do Maranhão, Fortaleza, Natal, Recife. Com a declaração de guerra à Alemanha, apresou no porto o Paquete tédesco BLÜCHER e o guarneceu. Suspendeu a 6 de novembro, e fundeou na Enseada do Abraão; seguiu para Batista das Neves e, de lá, zarpou para o Rio de Janeiro, onde aportou a 29 do dito mês. A 2 de janeiro de 1918 tomou o seu comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Antônio Alves Ferreira da Silva. Entrou em reparos gerais pelo Arsenal. Fez-se ao mar a 9 de maio e regressou a 1o de novembro do mesmo ano, tendo realizado vários cruzeiros e visitado a Trindade, Bahia, Fernando de Noronha, Salinas, Belém, Caeté, São Luís, Ceará, Recife, Anhatomirim, em Santa Catarina. Passou a comandá-lo o Capitão-de-Fragata Joaquim Nunes de Souza que, entre 11 de janeiro e abril de 1919, com aspirantes bordejou pela costa, visitando Trindade, Ilha Grande, Anhatomirim, Porto Belo, São Francisco, Santos, Batista das Neves, Abraão. Até março de 1920 esteve estacionado no Rio sob os comandos do Capitão-de-Corveta Oscar Gitahy de Alencastro. Assumindo seu comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Severino da Costa Oliveira Maia, realizou entre abril e maio de 1920 vários bordejos com aspirantes. Comandou-o entre novembro desse ano e março de 1921 o Capitão-de-Fragata José Pereira das Neves, que foi substituído pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Bento de Barros Machado da Silva. Por Aviso Ministerial no 2.744, de 22 de julho desse ano, foi mandado dar baixa ao BENJAMIN; mas, por outro Aviso no 3.213, de 3 de setembro foi mandado ficar sem efeito o anterior. Durante vinte dias de outubro do mesmo ano comandou-o o Capitão-de-Mar-e-Guerra Wenceslau de Albuquerque Caldas, que teve por substituto o Capitão-de-Fragata Anfilóquio Reis que, entre 3 de dezembro a 22 do mesmo mês, realizou uma comissão abrangendo os portos da Ilha Grande, Santos e Rio; e uma outra, compreendendo os mesmos portos, entre 12 e 30 de janeiro de 1922. Suspendeu a 31 e voltou no mesmo dia. Entre 7 de fevereiro e 8 de março ainda percorreu os citados portos e mais o de Vila Bela. Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Luis Perdigão, conduzindo guardas-marinhas, realizou vários cruzeiros entre 10 de maio e 3 de setembro escalando em Palmas, Ilhas dos Porcos, Batista das Neves, São Sebastião, Vila Bela, Cabo Frio, Anhatomirim, Ubatuba, Búzios; e em dezembro ainda fez um cruzeiro com grumetes, tocando em Macaé, Santos, tendo navegado 597 milhas sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra. Oscar Gitahy de Alencastro. A 23 de janeiro de 1923, ainda com o mesmo comando, zarpou com aspirantes, fazendo escalas pelas Ilhas Sant’Ana, Batista das Neves, São Sebastião, Santos, e chegou ao Rio a 9 de fevereiro, tendo desfiado 700 milhas. Assumiu seu comando o Capitão-de-Fragata Mário de Paula Guimarães, que com ele saiu a bodejar entre 22 e 25 de fevereiro e de 7 a 31 de março, indo até Santos. De volta, entrou o navio em reparos. A 15 de agosto suspende para novos cruzeiros, tocando em Recife a 1o de setembro, tocando depois na Bahia e na Enseada do Abraão, regressando ao Rio a 14 de novembro. A 4 de dezembro suspendeu, levando a Escola de Aprendizes para Batista das Naves; regressou a 6. De conformidade com a Ordem do Dia no 8, de 1o de fevereiro de 1924, foi incorporado à Esquadra de Exercícios. Assumiu seu comando o Capitão-de-Fragata Benjamim Goulart. Levantou ferro a 15 de março e regressou a 20, tendo visitado a Ponta do Boi, Baía da Ribeira, Ilha Grande, percorrendo 38;0 milhas. Foi desligado da Esquadra por Aviso no 1.208, de 8 de julho. Suspendeu no dia 9 para o porto de Santos, de onde regressou a 11, navegando a vela e a vapor, fazendo um percurso de 613 milhas. Zarpou a 2 de outubro com guardas-marinha, escalando na Bahia e Recife; retornou ao Rio a 6 de dezembro tendo percorrido 3.700 milhas. Assumiu seu comando o Capitão-de-Fragata Adalberto Guimarães Bastos, que realizou uma viagem ao Sul com aspirantes, entre 28 de fevereiro de 1925 a 16 de março, tendo tocado em Anhatomirim e São Francisco do Sul, percorrendo 1.050 milhas. Assumiu seu comando o Capitão-de-Fragata José M. de Castro e Silva, que o passou ao seu imediato Capitão-de-Corveta Salustiano de Lemos Lessa, que o transferiu mao Capitão-de-Fragata Américo Ferraz e Castro. E o saudoso navio, a 22 de fevereiro de 1926, de acordo com o Aviso no 578, da mesma data, recebeu a triste nova de ter sido afastado do serviço ativo da Esquadra. Foi posto a disposição da Diretoria do Pessoal para servir de sede da Escola de Auxiliares Especialistas, por Aviso no 643, de 26 do dito mês e ano. A 2 de março do mesmo ano foi-lhe passado mostra de desarmamento. Posto seu casco em leilão público foi vendido pela ridícula soma de 140 contos de réis. Se de seu bojo cavernoso e vibrátil, se levantasse a voz clara dos tempos, quantos episódios não nos contaria da vida entranhável e familiar da nossa Marinha!...
"Entre os comandantes deste cruzador, Boiteux cita o Capitão-de-Fragata R. M. Braga de Mendonça.
Há engano, pois trata-se, na realidade, do então Capitão-de-Fragata Raymundo Mello Furtado de Mendonça, futuro almirante e Chefe do Estado-Maior da Armada, de quem o oficial citado por Boiteux, que também atingiu o Almirantado, era filho.
O casco do BENJAMIM CONSTANT (II) foi destruído por incêndio, em 22 de julho de 1938, nas proximidades da Ilha da Sapucaia." (comentários do CMG Lauro Furtado de Mendonça)
Locais
Estado Legal
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Mandatos/fontes de autoridade
Estruturas internas/genealogia
Contexto geral
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Área de pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ocupações
Área de controle
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Nível de detalhamento
Parcial
Datas de criação, revisão e eliminação
02/02/2016